quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lama e erosão na praia são temas de debate


Professor Marti falou das praias de Cuba


O professor doutor José Luis Marti, do Instituto de Oceanologia de Cuba, foi um dos palestrantes do workshop Oceanografia de Praias Arenosas: Impactos Naturais e Antrópicos, na tarde desta quinta-feia (20). Marti fez uma descrição do que ocorreu em seu país com as praias por causa da erosão. Disse que existem causas naturais, como a elevação dos níveis dos oceanos e mudanças climáticas, mas a mais danosa é a ação humana.

O professor citou algumas dessas ações, como a construção e exploração de atividades turísticas sobre dunas, além da extração da areia. Em Cuba, explicou, há uma lei que disciplina a distância de construções em relação às dunas. “Essa atitude foi tomada para evitar o aumento da erosão”, explicou.

Em 2008 foi definido o plano nacional de investimentos para recuperação das praias. As ações de proteção ocorreram no Caribe: República Dominicana, México, Haiti e Jamaica.

Já o professor Elirio Toldo Junior, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), salientou que no Brasil não há normas que trate dos sedimentos, diferente do que ocorre com a água. Segundo ele, há uma enorme quantidade de sedimentos depositados na costa brasileira. No âmbito da América do Sul, são 1 milhão de metros cúbicos por ano de material jogado ao mar.

Integrante do quadro docente da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), o professor doutor Lauro Calliari abordou a realidade do Sul do Brasil. Uma das declarações mais importantes durante a palestra foi a de que era defensor ferrenho da tese de que a lama que aparece na praia do Cassino é material que desce pela Lagoa dos Patos e chega ao oceano. Agora, entretanto, entende que os sedimentos trazidos por grandes ondas pode ser o descarte de dragagem em alto-mar. “Falta monitorarmos o local onde o lançamento é feito”, ponderou.

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