sexta-feira, 21 de maio de 2010

Grandiosidade do 4º CBO é destacada no encerramento







Presidente da AOceano Roberto Warhlich, vice-diretor do Instituto de Oceanografia da FURG José Muelbert, presidente do 4º CBO e coordenador do Curso de Oceano/FURG Luiz Carlos Krug, diretor do Centro de Hidrografia da Marinha comandante Marcos Almeida e reitor João Carlos Brahm Cousin

Abrindo a solenidade, o presidente da AOceano Roberto Warhlich apresentou os números do evento: mais de 30 minicursos e cursos técnicos, 32 mesas-redondas e workshops e 195 palestrantes. “Tivemos um evento próximo ou chegando à perfeição”, destacou. Pelo Instituto de Oceanografia da FURG, José Muelbert, que coordenou o comitê científico, se disse orgulhoso em ter o 4º CBO na FURG. “Sem dúvida o evento foi um grande sucesso”.

Para o presidente do 4º CBO, Luiz Carlos Krug, foi uma grande satisfação organizar o congresso. “Quando fomos à Fortaleza levamos uma proposta e saímos de lá com uma responsabilidade. Ao começar a receber as inscrições, percebemos o interesse de pessoas não só do nosso país, mas de outros”, lembrou. Krug considera que o grande diferencial desta quarta edição foram as comemorações dos 40 anos de criação do curso de Oceanologia. “Mobilizou os egressos, vindos de diversos países ao redor do mundo, que queriam retornar a Rio Grande e não poderiam perder essa oportunidade”.

O comandante Marcos Almeida, diretor do Centro de Hidrografia da Marinha,
fez questão de comemorar os números da visitação ao Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul: 582 congressistas nesta sexta-feira, 21. O Cruzeiro do Sul permanece no Porto Novo de Rio Grande para visitação ao público neste sábado, 22. “O relacionamento Marinha e Oceanografia é histórico e é um prazer poder constatar o crescimento da Oceano e a qualidade dos trabalhos apresentados”, afirmou durante a solenidade.


Ao encerrar o 4º CBO, o reitor da FURG, João Carlos Brahm Cousin, parabenizou os presentes por fazerem do CBO um grande evento e conclamou a todos à próxima edição, em 2012, no Rio de Janeiro, tarefa destinada ao Instituto Nacional de Pequisas Espaciais, que sediará o 5º CBO.

Participantes recebem certificado do Congresso


Patricia Lange



Henrique Patricio



Os certificados de participação do 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO) começaram a ser entregues no meio da tarde desta sexta-feira (21). Os congressistas não escondiam a satisfação em receber o comprovante de participação no evento que reuniu milhares de pessoas e tratou de inúmeros temas em palestras, workshops, cursos e minicursos, entre outras atividades.
A estudante Priscila Kinteca Lange, que cursa Mestrado em Oceanografia na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), foi uma das primeiras a retirar o documento. Ex-aluna da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Priscila disse que ficou muito feliz de estar presente no Congresso, embora fosse estafante pela quantidade de atividades apresentadas. “O nível esteve excelente”, resumiu ela, referindo-se ao conteúdo abordado pelos palestrantes.
O estudante paulista de São José dos Campos, Henrique Patrício, está fazendo Graduação em Oceanografia na Universidade do Vale do Itajaí (Univali) - em Santa Catarina. Ele considerou excelente a programação do CBO. “Os contatos que fizemos aqui também foram muito proveitosos”, ponderou. Para o estudante, a troca de experiências com colegas, professores e especialistas nas áreas abordadas valeu a viagem, ainda que não tenha sido tão longa se comparada com pessoas que vieram no Norte e Nordeste brasileiros.

Quase 2,2 mil congressistas inscritos no CBO


Pessoas de diversas cidades brasileiras prestigiam o evento


O hall do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (Cidec-Sul) ficou bastante movimentado durante esta semana com a realização do 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO). Pessoas vindas de inúmeras partes do Brasil puderam assistir a palestras, workshops, cursos e minicursos, entre outras atividades. Até o início da tarde desta sexta-feira (21) haviam feito a inscrição 2.192 congressistas.

Pôsteres

Antes de ingressar nas dependências do Centro Integrado de Desenvolvimento Costeiro (Cidec-Sul), quem vai ao 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO) encontra uma estrutura coberta onde estão os trabalhos científicos aprovados na categoria pôsteres.
Estão expostos 1.218 trabalhos das áreas de biologia, geologia, física, química, zonas costeiras e temas correlatos. O estudante Carlos Ribeiro, de São Paulo, gostou do nível dos trabalhos apresentados. Cursando o primeiro ano de Oceanografia na Universidade de São Paulo (USP), Ribeiro considerou o evento de excelente qualidade. “Foi possível participar de das atividades, cujas informações serão bastante úteis no meu aprendizado”, assinalou.

Navio Cruzeiro do Sul

Aberto para visistação aos congressistas desde o primeiro dia do 4º CBO, o Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul, da Marinha, recebe o público em geral neste sábado, 22. O horário de visitação é das 9h às 12h e das 14h às 17h, no Porto Novo.

FURG apresenta ferramenta inédita para estudos de impacto ambiental



O Laboratório de Gerenciamento Costeiro da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) realizou na manhã desta sexta-feira, 21, durante o 4º CBO, o lançamento do Praia - Protocolo de Avaliação de Estudos de Impacto Ambiental, uma ferramenta online inédita para auxiliar analistas ambientais, órgãos de licenciamento ambiental e tomadores de decisão na elaboração e acompanhamento de análises na área.

O objetivo é que os estudos de impacto ambiental passem a se orientar pela nova ferramenta. “Ela é um grande check list”, explica o coordenador do projeto, prof. Paulo Roberto Tagliani, responsável por ministrar o curso técnico “Método de Análise de EIA/RIMA(s)”, no qual foi apresentada a iniciativa. Pelo Protocolo Praia, já em processo de obtenção de patente, o analista responde a perguntas envolvendo diferentes aspectos da avaliação, pode cadastrar mais de um projeto em análise, acompanhar o status de elaboração e remeter diretamente ao órgão solicitante o relatório.

Tagliani afirma que não há ferramentas semelhantes no Brasil e no mundo que agreguem e disponibilizem online os aspectos compreendidos pelo Praia. O novo protocolo proporciona a padronização dos métodos de análise, segundo diretrizes da Comunidade Européia (EIA/EIS Review 2001).

O Protocolo Praia está disponível para os interessados nas versões Português e Inglês. Mais informações sobre a ferramenta e sobre como se cadastrar podem ser obtidas pelo telefone 53 3233 6506 ou pelos e-mails docasmus@furg.br e paulotagliani@furg.br

Guia mostra as belezas do litoral piauiense


Loebmann e Ana são os organizadores da obra



Os estudantes de pós-graduação em Oceanografia Daniel Loebmann e Ana Cecília Mai são paulistas e moraram cinco anos no Piauí. Foi daí que surgiu a ideia de publicar um livro com fotos das regiões daquele estado. Foi organizado, então, o Guia Ilustrado Biodiversidade do Litoral do Piauí, com um conteúdo que vai orientar os turistas que forem ao Nordeste. O lançamento da publicação ocorreu durante o 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO).
Loebmann diz que não tem a pretensão de apresentar todos os detalhes do litoral piauiense. “Falta muita coisa, mas o Guia vai ajudar bastante a quem for àquele estado”, salienta.
Os dois organizadores do Guia cursaram graduação em Oceanografia em Rio Grande. Agora, Loebmann está fazendo Doutorado na Universidade Estadual Paulista (Unesp), na cidade de Rio Claro, e Ana também cursa Doutorado, na Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Ambos planejam lançar um livro sobre anfíbios e répteis.

Novas fronteiras para os oceanógrafos são buscadas


Professor Luiz Carlos Krug


O presidente do 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO), professor Luiz Calos Krug, foi o coordenador do workshop Novas Fronteiras para os Profissionais Oceanógrafos. A ideia foi mostrar à categoria quais os campos de trabalho podem se explorados.

Krug começou relatando um levantamento mostrando que 60*% dos alunos formados pela Universidade Federal do Rio Grande (FURG) estavam trabalhando e 77 atuavam na área, com cursos de aperfeiçoamento ou especialização profissional, entre outros. Os dados são de 2007, mas segundo o professor, indicam que o aproveitamento é bom se for levado em consideração que no Direito pouco mais de um terço dos formados desempenhavam funções inerentes à sua área. Foram considerados na pesquisa os setores público, privado e o terceiro setor.

O professor mestre Fernando Diehl lamenta que muitos colegas tenham abandonado a profissão e se dedicado a outras áreas por falta de perspectivas. Dihel já havia se manifestado sobre isso durante a reconfirmação de grau dos graduados de Oceanografia (que começou como Oceanologia) da FURG.

A professora Carla Scalabrin do instituto francês Ifremer disse que é preciso detectar se é há necessidade de descobrir novos caminhos a serem seguidos ou explorar espaços ainda não ocupados pelos oceanógrafos. A acústica submarina foi a função mais citada por ela.

Assinalou que entre as atividades estão o monitoramento das águas costeiras. Os resultados do trabalho fornecem a informação sobre o meio ambiente e permite o conhecimento sobre questões relacionada ao mar. As pesquisas permitem respostas à expectativa social, como mudanças climáticas, biodiversidade marinha, prevenção de poluição e avaliação da qualidade de frutos do mar.

Golfinhos de Noronha ganham edição de luxo




Um livro editado com luxo e imagens que tornam mais fácil a educação ambiental, pelo carinho que despertam. É um resumo da obra “Os Golfinhos de Noronha”, lançada no penúltimo dia do CBO 2010, na FURG, pelo autor, o coordenador do Projeto Golfinho Rotador, José Martins da Silva Júnior. O livro comemora os 20 anos do projeto.
Criado em 1990, o Projeto Golfinho Rotador resulta da parceria do Centro Mamíferos Aquáticos, um centro de fauna especializado do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade / Ministério do Meio Ambiente, com o Centro Golfinho Rotador, uma organização não governamental socioambiental de Fernando de Noronha, e com a Petrobras, patrocinador oficial.

Segundo o autor, o projeto (e o livro) têm o objetivo não só da preservação de golfinhos de Fernando de Noronha, mas de educação ambiental e conservação integrada das comunidades do arquipélago. Quase todos os dias (95%), entram em Noronha até dois mil golfinhos. A manutenção constante desta população se deve principalmente a este projeto de duas décadas. Os resultados podem ser observados, em textos e fotos, no livro lançado na Feira Brasil Oceano, no Cidec-sul. A obra pode ser encontrada nas principais livrarias do Brasil e através da Editora Bambu.

CBO2012: Congresso será realizado no Rio de Janeiro



A Associação Brasileira de Oceanografia (Aoceano) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), anunciaram quinta-feira à noite que a 5ª Edição do Congresso Brasileiro de Oceano (CB02012) será realizado no Rio de Janeiro de 2 a 6 de junho. A sede da nova edição do congresso foi aprovada por aclamação durante a Assembleia Ordinária da Aoceano, realizada em Rio Grande, dentro da programação do CBO2010. A infraestrutura do Rio de Janeiro para sediar um evento da natureza do CBO e a experiência do INPE em organizar grandes promoções foram os principais argumentos apresentados pelos promotores para pleitear a nova sede do congresso. A 6ª Feira Técnico-Científica Brasil Oceano será realizado em paralelo com o congresso.

A organização do CBO, no entanto, ficará na responsabilidade das regionais da Aoceano de São Paulo e do Rio de Janeiro. Como os congressos vêm numa crescente desde a primeira edição, a expectativa da 5ª edição, é de que seja ainda mais expressivo. “Pelos resultados do CBO2010, vai ser difícil superar essa edição”, avalia o secretário-executivo da Aoceano, o oceanógrafo Fernando Luiz Diehl. Pelos cálculos dos organizadores, mais de 3000 pessoas participaram da 4ª edição do congresso.

Diehl explica que em quatro edições do Congresso Brasileiro de Oceanografia, o desse ano foi o melhor, sem sombras de dúvida. Segundo o oceanógrafo, o destaque foi o percentual de participantes e o excelente nível das palestras, workshops, minicursos. Conforme Diehl, como vem aumentando o número de profissionais de oceanografia inseridos no mercado, o congresso vem se consolidando com um referencial para discutir as ciências do mar em termos de Brasil. Outro fator positivo apontado por Diehl foi a participação de acadêmicos no congresso, o que na opinião dele, garante a renovação das ideais no campo das ciências do mar.

“Mais importante do que a apresentação de um trabalho científico, em um congresso como o da Aoceano, é o debate, a troca de ideias, que ocorre até mesmo nos corredores”, acrescenta o secretário. Para o oceanógrafo, o grande desafio do congresso é possibilitar a troca de experiências entre profissionais, instituições e oportunizar um ponto de encontro para discutir as ciências do mar. Os congressos de Oceanografia são realizados de dois em dois anos, sempre em uma cidade diferente. A nova sede é definida sempre no congresso anterior. (Jorn. Adão Pinheiro – assessoria Aoceano)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Lama e erosão na praia são temas de debate


Professor Marti falou das praias de Cuba


O professor doutor José Luis Marti, do Instituto de Oceanologia de Cuba, foi um dos palestrantes do workshop Oceanografia de Praias Arenosas: Impactos Naturais e Antrópicos, na tarde desta quinta-feia (20). Marti fez uma descrição do que ocorreu em seu país com as praias por causa da erosão. Disse que existem causas naturais, como a elevação dos níveis dos oceanos e mudanças climáticas, mas a mais danosa é a ação humana.

O professor citou algumas dessas ações, como a construção e exploração de atividades turísticas sobre dunas, além da extração da areia. Em Cuba, explicou, há uma lei que disciplina a distância de construções em relação às dunas. “Essa atitude foi tomada para evitar o aumento da erosão”, explicou.

Em 2008 foi definido o plano nacional de investimentos para recuperação das praias. As ações de proteção ocorreram no Caribe: República Dominicana, México, Haiti e Jamaica.

Já o professor Elirio Toldo Junior, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), salientou que no Brasil não há normas que trate dos sedimentos, diferente do que ocorre com a água. Segundo ele, há uma enorme quantidade de sedimentos depositados na costa brasileira. No âmbito da América do Sul, são 1 milhão de metros cúbicos por ano de material jogado ao mar.

Integrante do quadro docente da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), o professor doutor Lauro Calliari abordou a realidade do Sul do Brasil. Uma das declarações mais importantes durante a palestra foi a de que era defensor ferrenho da tese de que a lama que aparece na praia do Cassino é material que desce pela Lagoa dos Patos e chega ao oceano. Agora, entretanto, entende que os sedimentos trazidos por grandes ondas pode ser o descarte de dragagem em alto-mar. “Falta monitorarmos o local onde o lançamento é feito”, ponderou.

Papel das microalgas com palestrante da África do Sul



O 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia (CBO) recebeu na manhã desta quinta-feira (20) a professora doutora Elieen Campbell, da Nelson Mandela Metropolitan University - África do Sul. Eileen falou sobre a importância do papel de microalgas - da zona de arrebentação de praias arenosas como protetores naturais da linha de costa. O título foi “Diatomácea da Zona de Arrebentação: Protetores Naturais da Linha de Costa”.

De acordo com a professora, em praias arenosas as algas desempenham um papel importante no ambiente marinho e de água doce por serem biofiltradores e servem de alimento para outros animais aquáticos. Ela listou 53 praias no mundo que possuem as algas, inclusive o Cassino. A quantidade que surge na praia depende de fatores, como a extensão, a altura das ondas Além de clorofilas A e C, as crisófitas (criso = dourado) possuem carotenóides e outros pigmentos, que lhes conferem a cor dourada característica. Armazenam leucosina (um polissacarídeo) e óleos.

Além de clorofilas a e c, as crisófitas (criso = dourado) possuem carotenóides e outros pigmentos, que lhes conferem a cor dourada característica. Armazenam leucosina (um polissacarídeo) e óleos.

A carapaça das diatomáceas (também chamada frústula) possui compostos macrocélulas, geralmente à grande quantidade de algas em seu interior. A alga fornece, por fotossíntese, parte do alimento, recebendo em troca abrigo. Assim, ambos os seres lucram na associação. Isso explica por que certos corais são encontrados apenas nas águas rasas, onde há boa luminosidade para as algas.

Projeto Tamar atrai estudantes e jovens pesquisadores


A palestra do casal Guy e Neca Marcovaldi, egressos da FURG e pioneiros do Projeto Tamar, no 4º Congresso Brasileiro de Oceanografia, atraiu um bom e jovem público, formado principalmente por acadêmicos e jovens pesquisadores. Os números apresentados e o grande apelo visual e sentimental de um projeto ambiental que dá certo chamaram a atenção dos congressistas e da Imprensa em geral.

O Projeto Tamar – Tartaruga Marinha está comemorando 30 anos. Nestas três décadas, já salvou da extinção mais de 10 milhões de filhotes de tartarugas, das cinco espécies existentes no litoral brasileiro, das quais uma espécie ainda corre riscos (Tartaruga de Couro). A partir de 2009, são calculadas em um milhão as tartaruguinhas a serem salvas, por ano. Hoje, o Tamar já tem também 23 bases no litoral brasileiro, de Santa Catarina ao Ceará.

Para a fundadora Neca Marcovaldi, a grande razão do sucesso do Tamar é, simplesmente, envolver em todas as etapas as comunidades onde se desenvolve o trabalho. Há 30 anos, houve a definição pela atuação com os pescadores, decidindo aprender com eles os hábitos das tartarugas nas praias. Com isto, os integrantes do Tamar não só conquistaram a confiança destas populações como as trouxeram para o projeto, gerando alternativa de renda para as famílias e multiplicando a conscientização para a preservação.

Hoje, os “tartarugueiros” das comunidades monitoram, diariamente, 5km de praia para proteção e monitoramento dos animais e coleta padrão e regular de dados com os pesquisadores. Atividades de pesquisa nos ambientes marinhos também são realizadas pelo Tamar, desde 1984, através de técnicas de mergulho, etc. Isto possibilita a compreensão da dinâmica das populações das tartarugas.

Em 2001, o Tamar participou da formação do Plano Nacional para a Redução da Captura Incidental de Tartarugas Marinhas pela Pesca. Mais uma vez, os resultados, segundo Neca e Guy, só foram obtidos devido ao trabalho junto às comunidades de pescadores, hoje também cuidadores das tartarugas. Um exemplo está na pesquisa com tipos de anzóis. Um novo tipo, criado pelos pesquisadores e pescadores, reduz em mais de 30% a mortandade em uma espécie de tartaruga e 50% em outra espécie.

Todos os dados coletados pelo Tamar estão disponíveis para pesquisas, desde que solicitados e apresentado o projeto a ser desenvolvido. O Tamar tem ainda duas confecções, publicações e centros de visitação, cuja renda reverte para pesquisas e preservação. Entre os dados apresentados, um chamou a atenção: para cada tartaruga apresentada em “cativeiro” nos centros de visitação, 100 mil outras são salvas, graças ao conhecimento, carinho e conscientização propiciados pelas visitas, em especial de crianças e jovens conquistados pela educação ambiental.

Saiba mais sobre o Projeto Tamar em www.projetotamar.org.br

Emoção na reconfirmação de grau










Prof. Emérito Eliézer Rios emocionou ao participar da cerimônia, aos 89 anos; Profs. Krug, Calazans e Torres lançando o livro; Reitor Cousin abrindo a solenidade; representantes das 36 turmas; juramentista Lauro Barcellos; representante da 1º turma (1974) Denis Dolsi; paraninfo Eliézer Rios recebendo homenagem; coordenador do SIGa prof. Carlos Ronei Tagliani

O reencontro com colegas e amigos dos tempos da faculdade não poderia ter outra reação: emoção pura. Afinal, ao longo de 40 anos, muitas histórias passaram pelo curso de Oceanologia da FURG. Em meio à saudade e homenagens, as 36 turmas formadas pela Instituição confirmaram a paixão pela profissão em solenidade inédita na noite de quarta-feira, 19, que iniciou com apresentação do Coral da FURG, no Cidec-Sul.

Foi uma noite de recordações, abraços e alegria. Conduzidos pelo paraninfo e ex-reitor da FURG Eurípedes Falcão Vieira, criador do chamado Projeto Atlântico para desenvolver a pesquisa na área, os representantes das turmas subiram ao palco para receber mais uma vez o “diploma”. Simbólico, o ato uniu diferentes gerações da grande família Oceano/FURG. Como numa solenidade de colação de grau, o juramentista Lauro Barcellos reafirmou as palavras de compromisso profissional assumidas desde a formatura de cada um dos egressos e repetidas por eles com a intensidade que o momento exigia.

Em nome de todos os egressos, o orador Fernando Luis Diehl, honrado em representar um grupo de tantas competências, diversidade e capacidades, fez uma avaliação dos ideais e anseios que levaram mais de 900 “então adolescentes de todo o país e também de alguns rincões da América Latina e da África aportarem em Rio Grande a fim de construir aqui os alicerces de seu futuro profissional”.

Aos 88 anos, o professor Eliezer de Carvalho Rios, fundador do Museu Oceanográfico, instituição semente do curso de Oceanologia, teve seu nome eternizado como patrono das turmas.

O coordenador das festividades dos 40 anos de Oceanologia da FURG, Danilo Calazans, prestou as homenagens da noite, em reconhecimento aos docentes e técnico-administrativos que fizeram a história do curso e aos colaboradores que contribuíram para o sucesso da festa, na busca incansável pelos egressos e dados que remontassem as quatro décadas, como as mais de 800 fotografias escaneadas para o momento. “É um momento histórico, em que nós, os egressos, somos os principais atores. Uma tarefa gratificante. Reunir egressos em uma solenidade para rever nossos momentos na FURG é algo para lembrar para o resto de nossas vidas”, destacou.

Aqueles que já partiram, entre egressos, docentes e técnicos, também foram lembrados. Após serem nomeados um a um pelo protocolo, foram homenageados com uma salva de palmas, conclamada pelo reitor e oceanólogo João Carlos Brahm Cousin.

Durante a solenidade, foi realizado o lançamento do projeto SIGa os Egressos, coordenado pelo professor Carlos Ronei Tagliani. O Sistema de Informações Georreferenciadas, permite localizar em qualquer parte do mundo onde estão atuando os oceanólogos formados pela Instituição. Finalizando a festividade, foi lançado o livro “Curso de Oceanologia: 40 anos de História”, escrito pelos professores Luiz Carlos Krug e Danilo Calazans, do Instituto de Oceanologia, e Luis Henrique Torres, do Instituto de Ciências Humanas e da Informação, numa edição da AOceano e FURG.